Metas PEE X Realidade ES
No ano de 2014 o Plano Nacional de Educação (PNE) foi aprovado, determinando diretrizes, metas e estratégias para a política educacional nacional no período de 2014 a 2024. No ano seguinte, o Estado do Espírito Santo aprovou o Plano Estadual de Educação (PEE) que passou pelo Plenário da Assembleia Legislativa (Ales) em regime de urgência, portanto, sem que houvesse debate com a sociedade.
Nos quatro anos que sucederam a aprovação, visitei mais de 260 escolas no Estado. Constatei em grande parte que os problemas são os mesmos: falta de infraestrutura; precariedade da condição de trabalho para os professores; falta de oportunidade e de incentivo para a qualificação dos profissionais; a questão salarial; e a falta de condição de acesso e permanência dos alunos. Entendo que todas as soluções para estes problemas constam no PNE e no PEE, o problema é que poucas estão sendo seguidas à risca nos últimos anos.
Como atingiremos, por exemplo, a meta que estabelece que até 2025 noventa por cento dos nossos professores tenham cursado pós-graduação se o Estado suspendeu as licenças para qualificação dos docentes? Se tudo continuar como está, o PNE e o PEE se tornarão apenas cartas de boas intenções.