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Comissão debate mercado de trabalho para surdos

  • Foto do escritor: Sergio Majeski
    Sergio Majeski
  • 15 de set. de 2015
  • 2 min de leitura


O drama vivido pelos surdos na sociedade atual foi tema de debate na Comissão de Ciência e Tecnologia presidida pelo deputado Sergio Majeski.

Daniel Junqueira, que é professor (surdo) e mestrando em Educação pela UFES, acompanhado do também professor Josué Rêgo, que é intérprete de LIBRAS e presidente da Associação dos Profissionais Tradutores e Intérpretes de Libras do Espírito Santo, explanaram sobre o assunto "Qualificação Profissional e Mercado de Trabalho para o Surdo”. Enquanto Daniel usava a linguagem dos sinais, o professor Josué traduzia para a plateia.

Daniel contou aos participantes que aqui no Estado existem mais de 13 mil surdos, que possuem pequenas e grandes dificuldades de audição.

Para Daniel Junqueira, os problemas começam na infância, com pais que não estão preparados para orientar e inserir a criança surda na sociedade. Além disso, a falta de escolas apropriadas e de profissionais qualificados contribuem para a exclusão. “O principal é a educação e a família educar de maneira que o surdo também ganhe o mundo, conheça o mundo”, defendeu o professor.

Legislação

A Lei da Língua Brasileira de Sinais (Libras) é de 2002 e o reconhecimento do surdo foi feito por decreto, em 2005. Em 1999, no Congresso Mundial da Federação Mundial de Surdos, na Austrália, foi instituída a fitinha azul simbolizando o “orgulho surdo”, lembrou Daniel Junqueira. Já o Dia Nacional do Surdo é comemorado em 26 de setembro.

No decreto de 2005 é exigida a formação superior com licenciatura plena em Letras e, especificamente, para a educação infantil é exigida a formação em pedagogia, para viabilizar a formação bilíngue – Libras e língua portuguesa – da criança surda.

Alguns avanços aconteceram para o surdo, lembrou o professor. Segundo ele, foi depois de uma manifestação em Brasília, em 2011, quando mais de dois mil surdos protestavam contra a não inclusão da escola bilíngue no Plano Nacional de Educação (PNE) – escola que seria aprovada em 2014.

Mercado

O professor Daniel ainda apresentou algumas propostas para que o surdo consiga interagir melhor no dia a dia de suas relações com a sociedade e no mercado de trabalho. A primeira delas seria criar uma central de intérpretes para fazer a conexão do surdo com os demais, e também implantar um sistema virtual em espaços públicos, acessível em Libras, com o objetivo de facilitar a comunicação do surdo.

Como exemplo ele citou quando uma pessoa que é surda vai resolver uma urgência médica ou um problema com o cartão de crédito e precisa se comunicar com alguém que não entende a linguagem de libras. As dificuldades de comunicação prejudicam o surdo na hora de encontrar um emprego e no seu dia a dia, já que a maioria da população desconhece a linguagem de Libras.

O deputado Sergio Majeski, que é o presidente da Comissão, disse que a lei não explica qual é a deficiência que deve ser considerada na contratação de uma pessoa com deficiência. Logo, o empregador cumpre a lei escolhendo a pessoa que melhor atenda seus interesses, e geralmente acaba por preferir uma pessoa que tenha outro tipo de deficiência do que a surdez.

Assessoria de Comunicação Flavio Santos Izabel Mendonça

Fotografia Flavio Santos


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© Sergio Majeski 

Todo o nosso material é livre para compartilhamento, reprodução e divulgação, desde que seja citada a fonte: sergiomajeski.com.br

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