Presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Cumprimento dos Planos Nacional (PNE - 2014/2024) e Estadual de Educação (PEE - 2015/2025), o deputado estadual Sergio Majeski (PSB) recolocou em pauta um dos investimentos mais essenciais para fortalecer a Educação Pública no Espírito Santo: a remuneração dos professores.
Nesta terça-feira (03), os deputados estaduais aprovaram na Assembleia Legislativa a Indicação 300/2020, de autoria de Majeski ao Governo do Estado, para que seja concedido reajuste diferenciado de salário aos profissionais da educação da Rede Estadual de Ensino, ao longo dos próximos anos.
“O assunto foi destacado pelo próprio governador no final do ano passado e vamos continuar enfatizando a necessidade de reajuste diferenciado para as categorias de servidores estaduais que possuem salários abaixo da média nacional. Os profissionais do magistério estão nessa situação”, destaca Majeski.
O reajuste diferenciado, de forma progressiva, é o que está em debate atualmente com as forças de segurança, com o Governo do Estado apresentando proposta de reajuste superior ao concedido aos demais servidores públicos, com o intuito de recompor as perdas ocorridas ao longo dos últimos anos.
No magistério, a remuneração e o acúmulo de perdas não são diferentes e a Indicação tem por objetivo evidenciar a necessidade de reajuste superior aos profissionais da educação vinculados à Secretaria de Estado da Educação.
“É vergonhosa a realidade do Espírito Santo, onde o salário dos profissionais da educação pública equivale ao ticket alimentação de juízes e conselheiros do Tribunal de Contas, por exemplo. Sem falar que existem professores com doutorado com remuneração vexatória”, lamenta Majeski.
De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto Jones dos Santos Neves, no ano de 2017, a razão entre a remuneração dos professores da educação básica e os demais profissionais com a mesma escolaridade trabalhando no Espírito Santo foi de 53,9%.
Professor, com mais de 30 anos de experiência em sala de aula, o deputado Majeski reforça que se não houver investimento sério para promoção de condições de acesso e permanência dos estudantes nas escolas; na melhoria da infraestrutura das escolas públicas; e, sobretudo, na valorização e formação dos professores o país jamais prosperará.
Quando o governador Renato Casagrande (PSB) defendeu, no fim de 2019, em entrevista ao podcast Papo de Colunista, um reajuste diferenciado para categorias do funcionalismo estadual que ganhem abaixo da média nacional (citando especificamente soldados da PM), um pensamento imediato surgiu: se ele fizer mesmo isso, outras categorias não poderão sentir-se no direito de pleitear o mesmo tratamento por parte do governo? Se o governador der mesmo um “reajuste diferenciado” para uma categoria, não terá que fazer o mesmo para todas?
Nesta terça-feira (3), algo previsível ocorreu, por iniciativa de um deputado do partido de Casagrande: Sergio Majeski (PSB). Por meio de uma indicação, Majeski sugeriu ao governador que ele também conceda um “reajuste diferenciado” a todos os profissionais da educação do Espírito Santo, “ao longo dos próximos anos”.
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