O deputado estadual Sergio Majeski (PSB) teve indicação aprovada na Assembleia Legislativa para que a Secretaria de Estado da Educação (SEDU) volte a ofertar o Ensino Médio Regular e a Educação de Jovens e Adultos – EJA nas escolas públicas estaduais, onde estas modalidades foram encerradas no governo passado.
“Quem estuda à noite não faz isso por opção. É justamente por falta de opção que há necessidade de buscar as escolas no período noturno. Quem trabalha ou possui outros compromissos que também são prioritários durante o dia só pode estudar de noite. Eu mesmo fui aluno trabalhador e se não fosse o ensino noturno teria imensa dificuldade de estudar”, destaca o deputado Majeski.
De acordo com o Portal da Transparência do Governo do Estado, a SEDU não oferece o Ensino Médio Regular e a Educação de Jovens e Adultos – EJA em Água Doce do Norte, Águia Branca, Alto Rio Novo, Brejetuba, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Governador Lindenberg, Iconha, Itarana, Laranja da Terra, Marechal Floriano, Marilândia, São Roque do Canaã e Vila Pavão.
Com isso, adolescentes, jovens e adultos que residem nestes 14 municípios do interior do Espírito Santo, e precisam estudar a noite, são obrigados a pegar a estrada para buscar escolas em cidades vizinhas. A realidade atual engloba também diversas escolas em comunidades rurais que pararam de ofertar o ensino noturno e, em municípios mais extensos, os alunos são obrigados a grandes deslocamentos para estudar na sede.
Mais de 100 mil vagas fechadas
“E outra certeza é que muitos alunos simplesmente param de estudar, ainda mais nas áreas rurais. Já recebemos informações que com o início da colheita do café, que começará em pouco tempo, alunos que estudam de dia precisam trabalhar ajudando a família e pediram transferência para estudar à noite. Se não tem escola disponível, deixam os estudos de lado”, completa Majeski.
Ainda de acordo com o Portal da Transparência, o governo passado fechou 3.251 turmas do turno noturno, totalizando 107.003 vagas a menos para a EJA e o Ensino Médio Regular, período em que o Espírito Santo registrou as marcas de possuir 200 mil jovens, entre 18 e 29 anos, sem concluir a Educação Básica e ainda 61 mil alunos, em idade escolar (de 4 a 17 anos) fora da escola.