Os deputados estaduais aprovaram a Indicação 2.550/2019 do deputado Sergio Majeski (PSB), ao Governo do Estado, para que seja garantido aos professores e funcionários das escolas da Rede Estadual o direito de também consumirem os alimentos que, diariamente, são oferecidos aos alunos.
Atualmente os cerca de 16 mil professores e outros profissionais que atuam nas escolas estaduais, além de não poder se alimentar da merenda escolar, até são obrigados a pagar pelo mais simples cafezinho existente nas unidades.
“Essa indicação é para que o professor possa merendar na escola, caso assim queira. Quando comecei a dar aula na Rede Estadual, em 1985, era permitido. Para além do fato de que o salário do professor é muito ruim, ele ainda tem que pagar o próprio cafezinho que consome na escola. Lembrando que o cafezinho é de graça para servidores e visitantes da Assembleia, Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas e nas secretarias e órgãos do governo. É fundamental que o PEDDE possa ser utilizado também para, no mínimo, custear o cafezinho de quem trabalha nas escolas”, destaca o deputado Majeski.
O PEDDE, mencionado por Majeski, é o Programa Estadual Dinheiro Direto na Escola, que tem como finalidade repassar recursos da Secretaria de Estado da Educação (Sedu) às escolas da rede. Em 2018 foram R$ 18,5 milhões e em 2019 já supera R$ 29 milhões.
Com a baixa remuneração, os profissionais do magistério que atuam na rede pública não conseguem, em grande parte, sobreviver com apenas um vínculo escolar. É comum professores trabalharem em dois turnos, das 7h às 11h45 e das 13h às 17h50, em escolas diferentes, onde o deslocamento quase sempre é feito por transporte público, principalmente na região da Grande Vitória, comprometendo a realização das principais refeições do dia.
Imagem: Tati Beling
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