Nesta quarta-feira (15), professores e estudantes de todo o Brasil realizam o Dia Nacional de Luta pela Educação. Manifestações espalhadas pelo país – inclusive na porta da Assembleia Legislativa – pedem o cancelamento dos cortes de verbas destinadas ao ensino superior e à educação básica. O assunto vem sendo tratado pelos deputados há alguns dias e deu o tom dos discursos na sessão ordinária de hoje.
O deputado Sergio Majeski (PSB), que atuou como professor por 30 anos, salientou que as manifestações não são apenas contra o corte de mais de 30% dos recursos das universidades e institutos federais. “Antes de o governo anunciar o corte de 30%, com aquela explanação ridícula dos chocolatinhos, ele já tinha cortado R$ 5,8 bilhões da educação básica”, ressaltou.
Majeski ainda comentou sobre o posicionamento do Governo Federal, que diz que não é um corte, mas um contingenciamento de verbas. “Acaba dando no mesmo. As universidades têm que pagar a luz, a água, a manutenção, os servidores terceirizados agora. O governo diz que, se a reforma previdenciária for aprovada, pode ser que isso seja liberado. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Parece uma ameaça”, comentou.
Ele ainda criticou a tendência de se colocar em lados opostos o ensino básico e o superior. “Precisamos viabilizar recursos tanto para a educação básica quanto para o ensino superior, sem retirar de um para colocar no outro. Tudo tem de ser prioridade”, defendeu.
Outro aspecto levantado pelo parlamentar são os ataques que os professores estariam sofrendo, sendo acusados de impor ideologias aos alunos.
“Escolas e universidades são espaços plurais, para todos os tipos de debate. Eu tive professores de todos os tipos e todos eles foram importantes para a minha formação”, disse.
Por Titina Cardoso
Foto: Tati Belling
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