Apesar de tentar desqualificar o discurso do deputado estadual Sergio Majeski (PSDB), que cobra melhorias e investimentos na Educação, as informações oficiais divulgadas pelo Governo do Estado no Portal da Transparência confirmam o que o parlamentar vem denunciando nos últimos três anos e comprovam a difícil realidade da rede estadual de ensino capixaba.
Os dados dos anos de 2014 a 2018, compilados pelo gabinete parlamentar, estão disponibilizados no site do mandato, complementando o “raio-x” da Educação capixaba traçado por Majeski. Na página, é possível fazer uma análise desses dados em forma de tabelas e gráficos.
Neste período, o Governo fechou 42 escolas estaduais, sobretudo nas zonas rurais. Somente no ano de 2018, 12 unidades tiveram suas atividades encerradas. Ao todo, de 2014 a 2018, são 6.507 turmas fechadas, sendo 986, entre 2014 e 2015, e 1.509 entre 2017 e 2018.
Uma política educacional absurda para um Estado em que 61.702 jovens de 4 a 17 estão fora da escola, segundo levantamento do movimento “Todos Pela Educação”, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Tudo isso em prol de um projeto marqueteiro denominado Escola Viva.
É preciso destacar que os números mostram uma redução de alunos matriculados tanto no Ensino Jovens Adultos (EJA) quanto no Ensino Regular. Isso se deve ao fato do Estado não estar estimulando a ida dos alunos para escola. Ao contrário, tem ofertado menos vagas e fechado muitas turmas, sob o pretexto de que não há demanda.
Soma-se a isso, a queda da oferta de turmas no turno noturno: como há muitos alunos que são jovens-trabalhadores, principalmente no interior do Espírito Santo e o Governo está diminuindo o número de turmas nesse período, essas pessoas têm abandonado as salas de aula por falta de opção de estudo, como pode ser visto nas manifestações realizadas por moradores do município de Afonso Cláudio, que corre o risco de perder as escolas rurais em três localidades rurais.
Assessoria de Imprensa
Fiorella Gomes