O deputado estadual Sergio Majeski (PSDB) estará, nesta quinta-feira (09), em Afonso Cláudio, para se reunir com pais, alunos e comunidade escolar dos distritos do município onde escolas estaduais deverão ser fechadas.
Na ocasião, ele visitará as escolas José Giestas, em Vila Pontões; a José Roberto Christo, em Piracema; e a Escola Fazenda Gandu, no distrito Fazenda Guandu.
A ação da Secretária de Estado de Educação (Sedu), para o deputado, faz parte de uma estratégia para “forçar” matrículas na unidade que abriga o projeto Escola Viva na cidade.
“Lá em Afonso Cláudio serão fechadas três escolas. Com isso, somente duas escolas do município vão oferecer ensino médio: a Escola Viva e a Elzira Ramos, em Serra Pelada”, afirmou.
Desde o início do mandato, Majeski denuncia a forma como o Governo do Estado vem implantando o projeto Escola Viva, as unidades que oferecem o ensino em tempo integral. De 2015 até agora, pelo menos 50 escolas estaduais tiveram suas atividades encerradas em todo o Espírito Santo, além das mais de 500 turmas fechadas.
“Em 2015, a Escola Viva foi implementada a toque de caixa. O Governo pretende instalar 30 unidades até 2018 e ele vem fazendo sem consultar as comunidades, sem avaliação sobre o que a comunidade precisa e causando sérios transtornos. O ensino integral é uma luta antiga de quem trabalha na Educação, mas há de se entender que entre aquilo que a gente planeja e a realidade pode haver diferença”, explicou.
O parlamentar destaca ainda que muitos adolescentes não têm condições de frequentar escolas de tempo integral porque trabalham, fazem estágio ou moram na zona rural. “A maioria das Escolas Vivas tem número de vagas ociosas grande, a Maura Abaurre, de Vila Velha, não tem 200 matrículas, a maioria tem um superávit de vagas”, apontou.
Confira o discurso do deputado "Pelo direito dos alunos de Afonso Cláudio estudarem perto de casa"
Denúncia
Sergio Majeski relatou, durante seu discurso, ter recebido denúncias de que a Secretária de Educação tem orientado a diretores não aceitar a transferência de alunos que queiram deixar a unidade do Escola Viva.
“Vamos recorrer ao Ministério Público e ao Juizado da Infância e Juventude para que os alunos de Afonso Cláudio não sejam prejudicados em nome de um projeto marqueteiro”, garantiu.
Em setembro, Majeski denunciou, na Assembleia Legislativa o fechamento de três unidades no município de Alegre, sendo elas Ana Monteiro Paiva, em Anutiba; Oscar de Almeida Gama, em Ararai e José Corrente, no bairro Café; que possuem, respectivamente, 218, 143 e 334 matrículas.
Assessoria de Imprensa
Fiorella Gomes