Desde que iniciou o mandato, o deputado estadual Sergio Majeski destaca que "a política educacional do Governo do Espírito Santo é feita para uma realidade imaginária, uma escola imaginária, um professor imaginário e um aluno também imaginário". E, seguindo esse pensamento, o parlamentar chamou a atenção para o que considera mais um absurdo: nota extra para realização de avaliações externas, como o Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (Paebes).
As avaliações externas são aquelas que não são realizadas pelos professores na sala de aula. Segundo o parlamentar, o Paebes é realizado, a cada trimestre, por uma empresa de Belo Horizonte, em Minas Gerais, que custa caro aos cofres públicos, mas os alunos costumavam não comparecer, por não serem obrigados e por não valer nota para o ano letivo.
Para que a prova contasse com maior participação dos alunos, o Governo utiliza um artifício considerado errado por Majeski: quem comparecer ao local da prova ganha 4 pontos.
"É uma aberração estimular os alunos dessa forma. Eu concordo que a nota do Paebes poderia ser contabilizada, utilizada de alguma forma, mesmo assim com muita ressalva, mas não desse forma. As avaliações dos alunos devem ser feitas relacionadas ao trabalho ocorrido dentro da escola", ponderou.
Outra questão alertada por Majeski é a de que os professores têm que analisar cada questão que os alunos erraram no Paebes e retomar essa matéria na sala de aula.
"Ou seja, o professor tem que dar prosseguimento ao conteúdo na sala de aula mas, ao mesmo tempo, tem que fazer a recuperação com parte dos alunos. Isso é coisa de quem nunca colocou o pé em uma sala de aula. Obviamente, o professor não tem como fazer isso", afirmou.
Assessoria de Imprensa
Fiorella Gomes