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Majeski participa de reunião sobre implementação da Escola Viva em Cariacica



Mais de 100 pais, alunos e professores se reuniram na noite desta quinta-feira (10), para discutir sobre os problemas da implementação do Projeto Escola Viva na escola estadual José Leão Nunes, no bairro Vale Esperança, em Cariacica. Convocada em caráter emergencial, a reunião contou com a presença do deputado estadual Sergio Majeski (PSDB).

Uma das principais queixas de alunos e professores é que a maioria deles não poderá desfrutar da nova escola que está sendo construída. O histórico de reformas da José Leão Nunes chama a atenção: o primeiro contrato para as obras foi assinado em 2009, segundo mandato de Paulo Hartung; em 2014, o processo foi paralisado; e agora, em junho de 2017, retomadas com o objetivo único de implementar o projeto Escola Viva.

A unidade conta com 800 estudantes, divididos nos turnos matutino e vespertino. Boa parte desses alunos não poderão ficar na escola. Primeiro, porque o Escola Viva oferece apenas 500 vagas. Segundo, porque uma parcela significativa trabalha ou estagia para poder se manter, portanto não podem frequentar uma escola em tempo integral. A José Leão Nunes atende alunos de baixa renda, do Ensino Fundamental e Médio, além do Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

Se um dos méritos atribuídos ao Escola Viva é o fato de possuir projetos “para a vida”, a José Leão Nunes também os possui. Muitos deles levando o aluno a pensar e realizar atividades extra-classe, além de contar com um corpo docente formado por mestres e doutores, apresentado pelo professor David Menegassi Vieira, que conduziu a reunião.

“Não somos contra o projeto em si, mas a forma como vem sendo implementado. Essa reunião é para falar desse processo que caiu como uma bomba sobre nossas cabeças. Porque até hoje não foi conversado com a gente como vai ser tudo isso. Para onde vão os alunos que não vão poder ficar aqui porque trabalham? A Sedu conversou com algum de vocês?”, explicou.

Escola Nova

David lembrou do processo de reformas da escola e as condições a quais professores e alunos foram submetidos e a luta para terem uma unidade nova que melhor atendesse a comunidade.

“Eu deixo esse questionamento para a comunidade escolar: estamos desde 2007 nesse processo de transição de derrubada da escola antiga, de passar por uma escola de PVC, de esperar isso tudo acabar. E agora, que esse prédio vai ficar pronto, apenas metade de vocês vai ser atendido? Apenas metade das famílias será atendida? Batalhamos tanto para essa escola ficar pronta e apenas metade dos filhos de vocês vão ser atendido por essa escola nova. Inclusive os professores não poderão ficar. Nós temos duas cadeiras, em outras redes. Nós não nos enquadramos dentro das condições da Escola Viva, então nós também não poderemos ficar”, disse.

Outro problema grave apontado na reunião é o fato de que, a única escola próxima ao bairro Vale Esperança, a escola estadual Afonso Schwab, foi fechada pelo Governo do Estado e, provavelmente, os estudantes serão remanejados para unidades longe de suas casas, sem que um transporte seja oferecido pela Secretaria de Educação.

Prestando solidariedade a comunidade escolar, o deputado estadual Sergio Majeski reforçou que a reunião não tratava-se de um debate sobre a qualidade do projeto Escola Viva, mas sim da forma como tem sido implementada em diversos municípios capixabas e que não tem sido diferente em Cariacica.

“Discutimos aqui a forma como esse projeto está sendo implantado, sem uma conversa mais profunda com a comunidade escolar. Não basta a Secretaria de Educação avisar que a partir do ano que vem essa escola será uma unidade do Escola Viva. Antes, houve uma reunião? Chamaram os pais e alunos para explicar o que é o projeto, como vai funcionar, quantos alunos serão atendido? Tenho certeza que não, porque não foi feito isso em lugar nenhum”, afirmou Majeski.

Falta diagnóstico

O parlamentar, mais uma vez, criticou a falta de diagnóstico por parte da Sedu para poder implementar o projeto. “O ideal seria saber quantos alunos tem aqui, quantos poderiam frequentar efetivamente um projeto como esse e quantos iriam querer frequentar. A escola em tempo integral é uma luta antiga da Educação, mas não é obrigatória”, apontou.

Professor há mais de 30 anos, passando pela rede estadual, rede municipal de Vitória e rede particulare de ensino, Majeski lembrou ainda que instalar o tempo integral em uma escola não garante, por si só, que ela seja boa. Infraestrutura, boas condições de trabalho para os professores, condições de acesso e permanência dos alunos são o que fazem a escola ser realmente boa.

À comunidade escolar, Sergio Majeski sugeriu que pais e alunos se mobilizem, por meio de um abaixo-assinado, entrando com uma representação no Ministério Público alegando que não há interesse pela maior parte do corpo discente. O parlamentar colocou seu gabinete à disposição para orientar e ajudar como puder a comunidade escolar da José Leão Nunes.

- Confira a fala do deputado estadual Sergio Majeski na reunião:


Assessoria de imprensa

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