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A convite de Majeski, Sindibliotecários denuncia na Ales a situação da categoria



A Tribuna Popular da sessão ordinária desta terça-feira (8) recebeu o representante do grupo de criação do Sindicato dos Bibliotecários no ES (Sindibibliotecários), Ricardo Girelli. A convite do deputado estadual Sergio Majeski (PMDB), ele aproveitou o espaço para falar sobre a ausência de profissionais da área na rede estadual de ensino. O que, segundo ele, impacta negativamente no aprendizado.

“100% das escolas estaduais no Espírito Santo não têm bibliotecários”, afirmou.

Girelli disser ser difícil compreender como um país e um governo que priorizam a educação desconsideram o bibliotecário. “Eu realmente estou tentando entender ainda qual é o valor que a educação desse governo dá para os bibliotecários, é difícil entender isso”, revelou, citando exemplo de municípios capixabas que contam com esses profissionais.

“O bibliotecário não é aquele profissional que pega e devolve apenas livros, ele é um mediador da informação, na medida em que conhece as necessidades dos leitores e alunos", completou. Com base em uma pesquisa, Girelli defendeu que em instituições de ensino onde há essa atividade, a média de aproveitamento dos alunos ultrapassa os 30%.


Majeski, que fez o requerimento de convite do bibliotecário, se solidarizou com a situação. Segundo o parlamentar, em visita a mais de 130 escolas administradas pelo Estado, pode observar que boa parte das bibliotecas dessas unidades estão fechadas ou contam com profissionais de outras áreas para atuar como bibliotecário. Situação essa criada pela política de corte de gastos do Governo do Estado.

"Tenho visto, in loco, essa questão de como alguma delas nem merece esse termo: biblioteca. Elas se apresentam como mero depósito de livros, sem organização nenhuma. E muitas dessas bibliotecas encontramos fechadas. As diretoras pegam uma auxiliar de serviços e coloca lá, sem preparação alguma. Mas, com o corte dos governos de auxiliares, nem isso dá para fazer em algumas escolas e, aí, as bibliotecas estão fechadas", relatou.

O parlamentar lembrou ainda que, mesmo com a maioria das escolas contando com infraestrutura precária, a Secretaria de Educação lança o wi-fi na rede estadual.

"É espantoso quando o governo anuncia a presença do wi-fi, sendo que a escola nem biblioteca tem. E a biblioteca é a alma de qualquer unidade de ensino. Eu tenho dito que a evolução tecnológica pode ser grandiosa, mas nunca vai substituir a leitura e o estudo. E a biblioteca deveria ser a espinha dorsal da escola", ponderou.

Confira o debate completo abaixo


Assessoria de Imprensa

Fiorella Gomes

Web Ales

Gleyson Tete e Marcos Bonn

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