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Resultado ruim das escolas estaduais no Enem é tema de discurso de Majeski



O desempenho das escolas públicas do Espírito Santo no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi repercutido em plenário pelo deputado estadual Sergio Majeski (PSDB). Na lista das 50 unidades de ensino no Estado com melhor desempenho nas provas não consta nenhuma escola pública da rede estadual de ensino, comprovando o abismo entre a qualidade do ensino nas escolas públicas e particulares.

Majeski alertou que, a exemplo do evidenciado pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2015, há anos o ensino médio é apontado por estudiosos da área como o grande gargalo da Educação. Entretanto, o parlamentar frisa que os gestores se recusam a assumir compromissos reais com a qualidade do ensino público.

“Eu já disse aqui o quanto é necessário que os governos sigam à risca as metas estabelecidas nos planos nacional, estadual e municipal de educação, para um avanço em todos os níveis nos próximos dez anos. Isso sim significaria um compromisso real com a educação. Só que os administradores não querem assumir de fato a responsabilidade pela melhoria do ensino à médio e longo prazo. Então, ficam fazendo remendos pontuais”, disse o deputado, em referência às mudanças propostas pelo Governo Federal com implementação imediata por medida provisória.

O deputado estadual afirmou também que em 2009 o Ministério da Educação (MEC) divulgou a matriz do Enem, onde estão estabelecidas todas as competências e habilidades que o aluno do ensino médio deveria dominar ao final dessa etapa de ensino, além dos conteúdos a serem aplicados. “O que aconteceu foi que a maioria dos currículos das escolas dos estados não se baseou nisso”, concluiu o parlamentar.

Além de não figurar na lista das 50 melhores notas do Estado, três escolas do ensino público da rede estadual do Espírito Santo estão os piores resultados do país. Sergio Majeski, que concluiu mestrado em Educação em 2013, afirma que pesquisou justamente as principais políticas no ensino médio, se aprofundando na questão do Enem. Em sua constatação, o ensino por competências e habilidades, modalidade criada nos anos 1990, nunca se tornou efetivo nas escolas, a ponto de os próprios profissionais de educação não saberem distinguir exatamente o que é competência e o que é habilidade. “O discurso da educação tem de ser muito mais profundo do que agora tomar medidas paliativas e dizer que está se dando uma resposta para este quadro trágico do ensino médio”, completou.

Assessoria de Imprensa Fiorella Gomes

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