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Pedagoga da Escola Viva de Cobilândia denuncia abandono pela Sedu



À convite do deputado Sergio Majeski (PSDB), a pedagoga Cinthya Campos de Oliveira utilizou a Tribuna Popular, nesta segunda-feira (06), para falar sobre o abandono do projeto do Escola Viva Cobilândia, de Vila Velha, pela Secretaria Estadual de Educação (Sedu), além de ressaltar a situação dos professores dessa unidade, que acabaram sendo dispensados.

Cinthya era um dos 27 profissionais selecionados pela secretaria para trabalhar na unidade, que não saiu do papel. Todos eles, segunda a pedagoga, passaram por um processo seletivo com prova escrita e, posteriormente, por um treinamento com duração de uma semana em “um hotel de luxo”.

Mas, após esse período foram informados que a unidade não seria mais aberta. “Exatamente, a Escola Viva de Cobilândia não existe. Formos informados que passaríamos a atuar na unidade de São Pedro, em Vitória. Mas, a maioria das pessoas selecionadas para atuar em Cobilândia são de Ponta da Fruta, Barra do Jucu”, afirmou.

A pedagoga classificou o remanejamento desses profissionais como “desvio de função”. Semanas depois, no dia 28 de abril, mais um surpresa para esses professores. O Estado determinou que eles não poderiam permanecer em São Pedro. “Me admira muito um modelo que prega projeto de vida, a ‘escola da escolha’, ter destruído a vida de 27 professores. Não estou falando por eles, estou falando por mim. Isso é inadmissível. Esse é só um reflexo da desvalorização do profissional aqui no Espírito Santo, um dos sintomas”, analisou.

Diante da falta de expectativas para a inauguração da Escola Viva de Cobilândia, Cinthya questionou o fato de estar sendo cogitada a abertura de uma unidade da Escola Viva no município de Cariacica, segundo a imprensa local.

A situação da Escola Viva de Cobilândia

A unidade foi anunciada no início do ano pelo Governo do Estado. A entrega aconteceria no mês de abril desse ano. Entretanto, houve paralisação da reforma e ampliação do prédio a ser cedido pela Prefeitura de Vila Velha à Sedu. A alegação foi o decreto de falência da empresa executora das obras. Cinthya afirmou que o prédio não possui licenciamento, nem alvarás, muito menos licitações.

Neste prédio funcionava a Unidade Municipal de Ensino Fundamental (Umef) Paulo Mares Guia. O novo Centro Estadual de Ensino Fundamental e Médio em Tempo Integral Cobilândia (Escola Viva) ofereceria 580 vagas para estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e 1ª a 3ª série do ensino médio. A nova data informada para entrega da unidade é em agosto.


PEE

A ex-presidente do Conselho Municipal de Educação de Vitória, Denise Quadros, pediu a revisão do Plano Estadual de Educação (PEE), aprovado pela Assembleia Legislativa (Ales) no ano passado. Em sua concepção, a matéria foi acatada com metas defasadas e sem a participação dos movimentos sociais e entidades educacionais. Ela ressaltou também a dificuldade que a Ales tem em abrir espaço para ouvir opiniões.

“Não é simplesmente abrir um determinado espaço, numa audiência ou num momento como esse. A questão que nós trazemos aqui nessa Casa não ecoa”, analisou. “O Plano de Educação veio para essa Casa e não houve sequer uma audiência pública para debater com a sociedade capixaba esse plano. No entanto, ele foi aprovado e está em vigor”, concluiu.

Assessoria de Imprensa

Fiorella Gomes

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