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Comissão de Ciência e Tecnologia: professores falam dos problemas da escola Arnulpho Mattos



A Comissão de Ciência e Tecnologia, presidida pelo deputado Sergio Majeski (PSDB), recebeu nesta terça-feira (17), representantes Escola Estadual de Ensino Médio Arnulpho Mattos. A unidade é a primeira em ensino integrado e técnico do Brasil, fundada em 1971, e está localizada no Bairro República, em Vitória.

Durante a sessão, foram destacadas as atividades da unidade escolar, que tem 1.500 alunos, e suas principais dificuldades. Entre elas, a carência de professores efetivos: dos 110 profissionais, cerca de 70% são contratados por designação temporária (DT).

“Há uma grande rotatividade de professores. Na área técnica, temos apenas dois que são efetivos. Isso gera uma instabilidade até emocional”, afirmou o professor Dorival Rosa Brito.

Já a professora Marcia Ming, coordenadora do curso técnico de administração, reivindicou autonomia para a contração dos professores. “Porque o curso acaba sendo prejudicado. As pessoas não conseguem dar continuidade ao que foi feito no ano anterior. Isso precisa ser repensado”, afirmou.

A quantidade insuficiente de disciplinas técnicas, a falta de livros técnicos e de recursos audiovisuais que atendam às atuais exigências tecnológicas vigoram entre os problemas da unidade. A falta de motivação dos alunos e a distância da família no dia a dia escolar dos filhos também foram citados pelos representantes da escola.

Embora enfrente problemas, o coordenador pedagógico do curso de eletrotécnica, Mateus Felipe Barreto, destacou que a escola possui um índice bom de alunos que ingressam nas universidades e escolas técnicas superiores sem passar por cursinhos vestibulares.


Parcerias

Diante das dificuldades, o professor Dorival alertou para a necessidade de boas parcerias, com a finalidade de melhorar a formação profissional dos estudantes da Arnulpho Mattos. “Para fazer um bom profissional, precisamos entender o que o mercado e a indústria querem. Muitas escolas aqui do Espírito Santo oferecem o curso técnico, mas têm um currículo defasado. Ele já nasce morto”, sentenciou.

Para Sergio Majeski, a escola oferece formação de qualidade para os estudantes, mesmo que muito deles não continuem seus estudos nos níveis superiores. O deputado falou da importância do Executivo para fechar as parcerias. “Podemos ajudar a encaminhar isso. Mas, se o governo se interessasse ou se a Secretaria de Ciência e Tecnologia entrasse nessa parceria, seria infinitamente mais fácil, uma vez que o Governo já tem empresas que trabalham e prestam serviços para ele e poderiam ser parceiros”, disse.

Assessoria de Imprensa Fiorella Gomes

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