Os alunos Jeovan Braun, Ramon Vieira Boldt, Mikael Linkon Graunke, Marco Antônio de Souza, Otavio Berger e Guilherme Arndt, com idade entre dez e 17 anos, são parte de uma grande equipe de pesquisadores da escola EEEFM “São Luís”, do município de Santa Maria de Jetibá, que inclui grupos de meninas que também fazem pesquisas e produzem protótipos de robôs.
Eles participaram juntamente com o professor Alexandre Portes Ribeiro e a professora Caroline Angeli Sancio, da reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia, que aconteceu nesta terça-feira (29), presidida pelo deputado Sergio Majeski.
Google Science Fair
O professor de Matemática Alexandre Portes contou sobre a participação dos alunos no projeto sobre robótica, e do interesse deles em conhecer mais. O professor contou sobre a competição online “Google Science Fair”, quando alunos do 3º ano do Ensino Médio participaram da competição e foram inclusive, certificados pela Google. A competição tinha o objetivo de ajudar cadeirantes ou pessoas com limitação motora, quando os alunos desenvolveram o projeto “Angel”, um robô feito com materiais recicláveis doados por diversas oficinas mecânicas da cidade. A escola é referência nacional na disciplina comandada pelo professor Alexandre, com participações em eventos científicos no Espírito Santo e em vários outros Estados. Os trabalhos realizados pela equipe de Ribeiro faz sucesso em pelo menos 30 países, entre os quais os mais desenvolvidos.
Escola Viva ou vida nas escolas?
Segundo Alexandre, os trabalhos são feitos sem o apoio da Sedu, e dessa maneira, os alunos tem que fazer “vaquinhas”, pedir a participação dos comerciantes locais, e até mesmo dos professores da escola. “Esses meninos são muito dedicados, estudam, trabalham e procuram fazer tudo com muito sacrifício. Não se pode falar em Escola Viva, sem esquecer que dentro das demais escolas há vida verdadeiramente”, completou Alexandre.
O professor explicou também que os alunos são muito dedicados, “eles estudam, trabalham no período que não tem aula, e de noite e nos finais de semana, eles se debruçam para trabalhar em cima do projeto. São meses de dedicação, estudos, e testes, e como não temos recursos, a gente monta um robô, e depois quando vamos participar de outro projeto, é preciso desmontar o anterior”.
Alexandre lembrou que os alunos também recebem auxílio de membros da comunidade como soldadores, mecânicos e eletricistas, e que os estudantes já entenderam a importância da robótica, assim como a utilização de novas tecnologias em tarefas do cotidiano.
Em 2014 os alunos desenvolveram um robô de resgate que foi apresentado na Mostra Nacional de Robótica em São Paulo. Com o nome de Nawy R.S.V, o robô tinha como objetivo salvar vítimas de desmoronamentos causados por acidentes naturais como chuvas, furacões, tsunamis entre outras catástrofes inesperadas. O robô acionado por controle remoto foi desenvolvido com base em pesquisas, internet, e pessoas amigas com conhecimento na área. O robô Nawy R. S. V também foi apresentado na 10ª Semana Estadual de Ciências e Tecnologia do Espírito Santo.
Na sessão desta terça-feira, eles trouxeram para apresentação um robô com de cerca de 10 centímetros de comprimento chamado Robô Butler. A invenção aspira sujeira da casa, desodoriza com citronela, combate insetos, repele mosquito da dengue e tem iluminação de emergência, caso falte energia na residência. Tudo monitorado por controle remoto.
Mas a invenção mais aguardada era o Multi Tech, um robô para ajudar as pessoas com deficiência. A máquina tem embutida uma TV, acesso à internet, aquecedor, geladeira, alto-falantes para música e um dispositivo de videogame. A invenção é alimentada com energia solar, captada por placa anexa ao equipamento que também abastece uma bateria.
Mostra Nacional de Robótica
A MNR busca valorizar o conhecimento interdisciplinar e integrado, estimulando a submissão de trabalhos na fronteira entre a robótica e diversas outras áreas do conhecimento, tais como: artes, humanidades, ensino, ciências e inovação, além das áreas tradicionais, como elétrica, mecânica e computação. A mostra caracteriza-se ainda por sua linguagem abrangente e inclusiva, aceitando trabalhos nos formatos de arquivo multimídia, além do tradicional artigo científico. Podem inscrever trabalhos todos os alunos do ensino fundamental, médio, técnico ou superior, bem como pós-graduandos ou pesquisadores.
Serviço
A Mostra Presencial 2015 será realizada no período de 28 de outubro a 01 de novembro/2015 na cidade de Uberlândia em Minas Gerais, em conjunto com a Competição Brasileira de Robótica (CBR) e as finais da Olimpíada Brasileira de Robótica (BR).
Assessoria de Comunicação Izabel Mendonça