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Responsabilidades do governo estadual são questionadas



A sessão ordinária desta terça-feira (12) na Assembleia Legislativa (Ales) foi marcada por um embate entre parlamentares oposicionistas e o deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), aliado do governo estadual. Eles debateram questões envolvendo a educação no Espírito Santo e a segurança na Terceira Ponte.

No início da sessão, Euclério Sampaio (PSDC) pediu ao presidente Erick Musso (PRB) que colocasse sua proposição, o Projeto de Lei (PL) 2/2017, em pauta. Segundo o deputado, a matéria que prevê a instalação de proteção na ponte estava com prazo de análise na Comissão de Infraestrutura expirado. Após confirmação, Musso indicou que o PL entraria na Ordem do Dia da sessão ordinária desta quarta (13).

Posteriormente, na Fase das Comunicações, Euclério citou o congestionamento na Terceira Ponte entre a manhã e tarde desta terça em virtude de uma tentativa de suicídio e disse que sua matéria poderia atenuar a situação se o Executivo tivesse interesse. “Esta Casa tem que dar a resposta que o governo se recusa a dar. Ela se posicionou na questão do pedágio zero e houve mobilização popular”, lembrou.

Em seguida, reforçou as críticas afirmando que iria continuar o debate até uma proteção na ponte ser instalada. “Estou pedindo para fazer a proteção para salvar vidas. Se precisar (para o governo fazer) eu retiro o projeto, meu interesse é salvar vidas. Vou cobrar isso durante as eleições. A omissão do governo está causando a destruição de famílias inteiras”, afirmou.

Na sequência, Sergio Majeski (PSB) discursou sobre a ida do agora ex-secretário de Educação Haroldo Rocha para a Secretaria Executiva do Ministério da Educação (MEC). “Salvo engano é o terceiro secretário de Paulo Hartung a ir para o governo Temer, mostrando assim similaridade entre os governos”, apontou.

Ele criticou a gestão de Haroldo na Secretaria de Educação (Sedu). “Foram fechadas 42 escolas, 6.300 turmas, extintos cursos profissionalizantes na rede estadual, o turno noturno de quase 130 escolas foi fechado. Não fez nada em prol do cumprimento do piso nacional do magistério, reduziu o número de vagas nos ensino médio, fundamental e na EJA (Educação de Jovens e Adultos)”, disparou.


O parlamentar ainda falou que as metas dos planos Estadual e Nacional de Educação foram deixadas de lado no Espírito Santo e que diretores com mais senso crítico foram exonerados. “Será que ele foi convidado para o MEC para fechar Ifes (Instituto Federal do Espírito Santo) e propor fechamento de cursos das universidades federais para economizar? Não deixa saudade nenhuma, e o magistério lamentou a nomeação de Aridelmo Teixeira. Educação não é mercadoria, indústria e nem mercado”, bradou.

As críticas dos deputados, entretanto, não ficam sem resposta. Enivaldo informou que Haroldo havia sido convidado para desenvolver políticas de educação de Estado. “Não para agradar fulano ou beltrano. Não se pode colocar dúvida do conhecimento técnico dele. É um técnico renomado no Estado que sempre prestou serviços importantes”, garantiu.

De acordo com o deputado, a comunidade estudantil e a população em geral aprova o projeto Escola Viva (de ensino médio em tempo integral). “Não conheço nenhum município pedindo para não vir, sei o contrário, municípios fazendo fila para receber essa inovação. Não é do Haroldo nem do Paulo Hartung, mas foi nascida por Darcy Ribeiro, um dos maiores intelectuais desse País”, recordou.

Por fim, ele comentou a situação da Terceira Ponte. Enivaldo considerou injusto tentar culpar o governador pelos suicídios que ocorrem no local. “Ela existe desde Max Mauro, que foi quem inaugurou. Por que alguém tem que vir dizer que a culpa é dele (Paulo Hartung) porque tem alguém tentando suicídio? E no governo passado era do Casagrande? O bom senso diz que não, a lógica de quem analisa com justiça diz que não. Temos que parar de atribuir as pessoas aquilo que não lhes pertence”, concluiu.

Texto: Gleyson Tete

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