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Majeski: "Em vez de falar em reforma, o Governo tem que cortar na própria carne"



As reformas trabalhistas e da Previdência permearam o discurso do deputado estadual Sergio Majeski (PSDB), na sessão ordinária desta quarta-feira (06). Ele teceu críticas quanto a forma que essas questões estão sendo levantadas pelo Congresso Nacional.

"Mesmo que essas fossem as melhores reformas do mundo, altamente necessárias, sem ter outras opções, ainda assim uma grande parte da população desconfiaria dos benefícios trazidos ou para a população ou para o país como um todo, porque o Congresso Nacional e o Governo Federal não têm a confiança da sociedade e perderam sua legitimidade", afirmou.

O deputado destacou o esforço hercúleo do presidente da República, Michel Temer (PMDB) ao se reunir durante o fim de semana com os líderes dos principais partidos na Câmara dos Deputados e do Senado para conseguir aprovar a Reforma da Previdência ainda este ano.

"Ele já acenou milhões e milhões de reais para serem liberados para os partidos e deputados que votarem favoravelmente à reforma. Se o Governo precisa comprar o apoio de partidos e parlamentares para aprovar uma reforma que ele justifica ser boa e necessária, há dois problemas: ou o Governo Federal ou os nossos Congressistas não tem nenhum compromisso com a sociedade", observou. "Se a reforma fosse mesmo necessária e o déficit existente na Previdência tivesse como única origem o excesso de pessoas aposentadas ou para se aposentar, então não haveria problema apresentar isso ao Congresso e eles votarem, sem precisar abrir um balcão de negócios", completou.

Para Majeski, antes de se pensar em cortar benefícios do trabalhador brasileiro, o Governo Federal deveria enxugar os gastos com a máquina pública.

“Apenas 4% dos municípios brasileiros gastam em saúde o que gasta o Congresso Nacional em saúde para o atendimento dos senadores e deputados. Será que os seus altíssimos salários não são suficientes para que eles paguem seus tratamentos, é preciso que o povo pague por isso?”, questionou o deputado.

Ele lembrou ainda que Temer anunciou um corte de 7 mil cargos comissionados dos 22 mil e o que se observou foi um aumento de quase 4 mil funcionários.

“Nos Estados Unidos, a maior economia do mundo, com cerca de 400 milhões de habitantes (quase o dobro do Brasil), o Governo Federal conta com apenas 5 mil comissionados”, apontou.

Assessoria de Imprensa Fiorella Gomes

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