top of page

Projeto de Majeski propõe plano para redução de desperdício d’água e até multa às distribuidoras


Enquanto o Projeto de Lei do deputado estadual Sergio Majeski (PSB), que estabelece a criação de plano de redução de perdas de água tratada nas redes de abastecimento, está parado na Assembleia Legislativa desde fevereiro, o estudo do Instituto Trata Brasil, em parceria com a GO Associados, aponta que de toda a água captada e tratada no Espírito Santo, impressionantes 39% não chegam aos consumidores devido às perdas nos sistemas de distribuição.


“Esta é uma situação triste, vexatória, que vem à tona em plena Semana Nacional do Meio Ambiente. A crise hídrica se tornou constante e é essencial estabelecer maneiras para se atingir índices menores de perda de água. E é importante lembrar que por aqui, nos últimos anos, a situação piorou”, enfatiza o deputado Majeski.


O PL (15/2019) do parlamentar estabelece que Governo do Estado garantirá que os contratos de concessão de serviços de abastecimento público de água conterão plano para a redução sistemática de perdas na rede de distribuição, com os mecanismos para evitar desperdício, até prevendo cobrança de multa às distribuidoras de água, quando constatado vazamentos decorrentes de negligência. O valor arrecadado deverá ser aplicado preferencialmente no Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo (Fundágua).


Prejuízo supera R$ 11 bilhões no Brasil


Com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano base 2017, o estudo abrange todo o Brasil e mostra que a média de perda de água potável no país foi de 38,3%, ou seja, para cada 100 litros de água captada, tratada e pronta para ser distribuída, 38 litros ficam pelo caminho devido aos vazamentos, erros de leitura dos hidrômetros, furtos (famoso “gato”), entre outros problemas.


De todos os estados do país, o Espírito Santo ocupa a 15ª colocação no ranking do desperdício e está acima da média nacional, que é de 38%. No topo da lista estão Roraima (75%), Amazonas (69%), Amapá (66%) e Acre/Maranhão (60%). Já Goiás é o que apresenta o menor índice, com 26%.


Em termos financeiros, a perda de faturamento custou para o país R$ 11,3 bilhões, valor superior ao total de recursos investidos em água e esgotos no Brasil em 2017 (R$ 11 bilhões).




Com informações de Trata Brasil. Imagem: Agência Brasil / EBC

0 comentário
bottom of page