A votação para decidir se o presidente da República, Michel Temer (PMDB) irá ser investigado pelo crime de corrupção passiva pautou o discurso do deputado Sergio Majeski (PSDB), na sessão ordinária dessa quarta-feira (02).
Para o parlamentar, hoje será o dia mais triste para a política nacional, já que ele acredita que a votação "não passa de um jogo de cartas marcadas", e que o Congresso, ao invés de votar de acordo com os interesses do país, se posicionará favorável ao presidente devido a barganhas de cargos e benefícios do governo.
Entre essas facilidades, Majeski destacou o veto de Temer a um projeto que impediria o crescimento do desmatamento na Amazônia e o programa de regularização tributária, conhecido como Novo Refis, instituído pela Medida Provisória (MP) 783/2017. Decisões tomadas com objetivo único de agradar a bancada ruralista da Câmara dos Deputados e conseguir apoio para arquivamento da investigação.
"É a primeira vez na história do Brasil que um presidente em exercício corre o risco de, em mandato, ser investigado por um crime comum. As provas são robustas do crime que ele teria cometido. Só o fato de receber uma pessoa na calada da noite, no Palácio do Jaburu, sem essa pessoa estar na agenda, e ouvi-lo falar que estava comprando procuradores e demais autoridades, uma pessoa assim não merecia mais estar na Presidência", comentou.
O deputado estadual lamentou ainda o fato do Palácio do Planalto estar liberando emendas apenas para compra de apoio no Congresso Nacional de forma escancarada. "Isso não tínhamos presenciado ainda", disse.
Votação
Nesta quarta-feira (02), os deputado federais votam a permissão para que o Supremo Tribunal Federal (STF) delibere sobre as denúncias de envolvimento de Temer em crimes de corrupção passiva, feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
Assessoria de Imprensa Fiorella Gomes