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Projeto Residência Inclusiva pede manutenção de parceria



O projeto Residência Inclusiva da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Movimento Paz Espírito Santo foi apresentado pela presidente da entidade, Dalva Silva Souza, na Tribuna Popular desta segunda-feira (5) na Assembleia Legislativa. A iniciativa busca garantir atendimento a 34 residentes que nasceram com alguma deficiência severa em famílias desestruturadas e foram deixadas na antiga Unidade de Atendimento ao Deficiente (Unaed) que fazia parte da estrutura do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Estado do Espírito Santo (Iases).

Segundo Dalva essas pessoas, sem qualquer infração e com deficiências múltiplas, foram resgatadas de um ambiente com “a configuração de um presídio manicomial, sem camas, só colchonetes, com ala masculina, feminina e de acamados”.

O trabalho da entidade começou com visitas a partir de 2002 e um posterior convite do Iases em 2007 para elaboração de um projeto de parceria em favor dessas pessoas. Com conversas durante cinco anos, surgiu o projeto para reinserção social.

“Foram acolhidos como crianças, alguns bebês, e hoje são adultos. Buscamos garantir cidadania, o ganho do entendimento de si mesmo como pessoas viáveis”, afirmou. Dalva explicou que nas casas mantidas pela entidade, cada paciente tem quarto, armário e objetos pessoais. Contam também com alimentação no local e atendimento de equipe multidisciplinar com psicólogos, psiquiatras, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

“Trabalhamos no sentido de resgatar esse conceito de família, que eles passassem a se tratar como irmãos. O resultado surpreende. Relatos de pessoas que antes não andavam, de pessoas que hoje apreenderam a ler e escrever, mas que antes não se comunicavam”, exemplificou.


Após apresentar o trabalho, Dalva cobrou manutenção da parceria com o governo estadual. Segundo a presidente, o trabalho desenvolvido está comprometido com o encerramento do contrato no dia 30 de junho e a entidade viveria sob uma reiterada intenção do Poder Público em reduzir os custos.

“O Estado deixou de repassar recursos de seis meses no primeiro ano. No segundo ano deixou de repassar cinco meses, e ano passado cortou 44% da verba. Como vai funcionar se o Estado não cumpre sua parte?”, questionou. Dalva foi convidada a fazer o uso da Tribuna Popular pelo deputado Sergio Majeski (PSDB).

Texto Luan Antunes/Web Ales Foto

Dalva Silva Souza / Crédito: Tati Beling

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