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Deputado analisa cenário político do país com processo de impeachment de Dilma



Principal assunto nas rodas de conversa do país, a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, ocorrida nesse domingo (17), não fugiu das reflexões do deputado Sergio Majeski (PSDB) durante a Fase das Comunicações na sessão desta segunda-feira (18).

O tucano, que já vinha se posicionando sobre o assunto, criticou o desempenho da maioria dos deputados federais ao justificarem seus votos. “Sem entrar no mérito do resultado da votação, o que percebemos ontem, por meio da maioria dos discursos dos deputados, é como nossa representação no Congresso é ruim. Eles escancararam o patrimonialismo, o fisiologismo e a falta de republicanismo do homem público, ao fazerem homenagens, como se fosse um dia festivo, às suas famílias, às suas igrejas, à Israel até o absurdo de se homenagear torturadores da época da Ditadura Militar, algo bizarro”, ponderou.

Na visão de Majeski, os parlamentares não seguiram o Regimento Interno da Câmara dos Deputados ao votar, com raras exceções, como o representante tucano Max Filho, da bancada capixaba. “Talvez, boa parte dos deputados teria feito mais dizendo sim ou não, porque muitos discursos foram lamentáveis, para não dizer o mínimo. Salvo raras e nobres exceções, como o deputado Max Filho, que se limitou a votar de forma séria e regimental”, apontou,

O deputado estadual destacou ainda que o momento de reflexão e debate político ainda permanece e que a população deve continuar cobrando os seus representantes, sobretudo para garantir a manutenção das investigações realizadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. “Uma apreensão que eu tenho com tudo que está acontecendo é que hoje a Operação Lava Jato já na sala de vários partidos e batendo na porta de tantos outros, inclusive do meu também. Hoje já deve existir por parte dos caciques de um bom número de partidos estratégias para, independente do resultado do processo de impeachment, acabar com essa operação. Ela já não é de interesse da maioria dos partidos”, disparou.

Majeski lembrou que, saindo Dilma Rousseff (PT), assume as rédeas do país o vice-presidente Michel Temer, do PMDB, que esteve junto com o PT ao longo dos 13 anos que o partido está no poder, avalizando e usufruindo do resultado de todas as ações do governo federal. “O Brasil chegou num beco sem saída. A atual presidente não tem capacidade de governar. É fato. Mas, é fato também que se troca a presidente pelo vice se joga na mão do PMDB a direção do País e sua cúpula que participaram e usufruíram de tudo que o PT fez nos últimos treze anos. Então me causa apreensão como cidadão e político que resposta efetiva o PMDB tem para dar a sociedade neste momento”, destacou.

Processo de impeachment

O Plenário da Câmara dos Deputados aceitou por 367 votos a favor a admissibilidade do pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. A denúncia de crime de responsabilidade segue agora para o Senado.

Assessoria de Imprensa Fiorella Gomes

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