Com o tema Luz, Ciência e Ação (Licht, Waitenschaftt un Leewent, na língua pomerana), o evento trouxe uma série de projetos voltados para a área tecnológica, sem esquecer das raízes cultural e agrícola do município. A mostra reuniu, na noite de sexta-feira (28), estudantes, professores, autoridades e a comunidade local no Pátio de Festas da cidade.
O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa (Ales), deputado Sergio Majeski (PSDB), nascido na região, foi conhecer os projetos desenvolvidos pelos alunos. Um dos que chamou a atenção do parlamentar foi o Multi Tech, uma espécie de robô movido a energia solar que executa diversas funções de aparelhos eletroeletrônicos.
“Santa Maria é conhecida pela produção de hortifrutigranjeiros, mas essa mostra coloca um outro lado pouco conhecido, o quanto os jovens estão empenhados na questão da inovação tecnológica. É muito interessante que esses jovens desenvolvam algo tão significativo e eu espero que eles sejam incentivados a continuar. Eles vão expor numa mostra nacional em Uberlândia. Como nativo daqui me orgulho dos meus conterrâneos”, elogiou
Robô
Jeovan Braum, 17, do 3º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) São Luís, um dos responsáveis pelo Multi Tech, destacou a importância do invento para os momentos em que faltar energia. “O ser humano não vive mais sem energia elétrica ou luz. Esse robô tem luz nos faróis e uma televisão que a gente adaptou para funcionar no painel elétrico. Ele é recarregável, você deixa no sol ou na luminosidade, carrega a bateria e à noite se quiser assistir um cinema ele tem um projetor que projeta até 60 polegadas. Ele se locomove por esteiras, tem três motores elétricos e, se você quiser um refrigerante gelado ou esquentar uma marmita, ele faz ambos, tanto gela quanto esquenta”, explicou.
O jovem disse que participa da feira desde a 5ª série e sempre com projetos ligados à área da robótica. “A gente já começa o ano pensando no que vamos trazer para a feira em agosto, sempre trazemos projetos inovadores, nunca repetimos. Eu gosto porque você aprende a pesquisar e fazer busca de campo. A gente tem auxílio da internet e, quando não sabemos fazer alguma coisa, procuramos quem tem mais experiência”, contou.
Para o secretário municipal de Educação de Santa Maria de Jetibá, Charles Moura Netto, a feira tem como funções prioritárias proporcionar uma aproximação da comunidade junto das escolas e estender o conhecimento que é produzido dentro das escolas para os moradores da região. “Nossos alunos são formados a partir de uma educação inovadora, contextualizada, mas que também proporciona cidadania e preparação para o emprego, a feira tem esse sentido”, afirmou.
Agricultura sustentável
A feira ainda tem como objetivo o desenvolvimento de projetos que possam auxiliar o homem do campo a produzir uma agricultura mais ambientalmente sustentável. “Temos aqui 34 instituições entre escolas municipais, estaduais e uma federal. Nosso município é fundamentalmente de pequenos negócios agrícolas, então a gente precisa de conhecimentos que promovam soluções para as problemáticas ambientais”, completou o secretário.
Majeski fez um balanço da visita técnica da Comissão à feira. Ele elogiou os trabalhos dos estudantes, mas pediu mais investimentos do Governo do Estado na área da educação. “Podemos ver aqui vários projetos interessantes. Isso prova que as escolas não são chatas, mas é preciso infraestrutura e mais investimentos para que os jovens possam desenvolver suas ideias. O que não pode é o governo ficar cortando verba dos diretores das escolas e juntando turmas”, criticou.
Fonte Comunicação ALES
Fotografias Nícolas Woelffel